9 de novembro de 2007

"A Cigarra e a Formiga", de Alexandre O`Neill.

Espectáculo com estreia marcada para 15 de Novembro no Auditório Municipal de Gaia, com encenação de Norberto Barroca!
«...Trata-se de uma versão do conto clássico "A cigarra e a formiga", mas fonte do TEP sublinhou à Lusa que se trata praticamente de "uma nova peça" dado que inclui "um espectáculo musical onde a magia da palavra se alia ao canto e ao movimento".
O´Neill, que faleceu em 1986, entregou pouco tempo antes da sua morte esta peça a Norberto Barroca para que a encenasse.
Mas, por motivos vários, o encenador só agora teve oportunidade de a levar ao palco, numa encenação concebida tanto para crianças como para adultos.
Esta nova produção do TEP, que terá música original de Paulino Garcia, vai permanecer até 15 de Dezembro no Auditório Municipal de Gaia, com duas representações diárias às segundas, quartas, quintas e sextas-feiras às 10:30 e às 15:00 e uma aos sábados, às 16:00.
Este espectáculo, que tem o patrocínio principal da Câmara Municipal de Gaia e o apoio da empresa municipal Gaianima e da Direcção-Geral das Artes e do Ministério da Cultura, terá preços especiais para as escolas do 1º ciclo do Ensino Básico.»
© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A. 2007-10-16 15:55:05

O Charlatão

O Charlatão
Baseado nos Contos de Miguel Torga pelo Teatro Arado
Datas: 22-10-2007 a 28-10-2007
Local: Auditório Municipal de Gaia e Valadares
Encenação e Cenografia de Pedro Saraiva
Interpretação de Marcelo Ribeiro e Pedro Saraiva
A peça já havia sido apresentada no âmbito do Festival Internacional de Teatro do Mindelo, em S. Vicente, Cabo Verde.
«O Charlatão» tem já mais de 200 representações efectuadas, boa parte das quais em bairros sociais do Grande Porto, que constituem o alvo principal da companhia, que tem o apoio da Câmara de Gaia.
Depois do regresso a Portugal, este espectáculo regressou aos palcos e esteve em cena no Cine Teatro Eduardo Brazão, em Valadares, Gaia, e no auditório Municipal entre os dias 22 e 28 de Outubro.

1 de junho de 2007

O Grande Nevão no Flor de Infesta

‘O Grande Nevão ou Variações sobre um Único Tema’
Espectáculo de Teatro
A Direcção do Curso Superior de Teatro convida toda a comunidade escolar a assistir ao espectáculo ‘O Grande Nevão ou Variações sobre um Único Tema’, promovido pelos alunos do 1º ano do referido curso.
Encenação:
Roberto Merino …
Interpretação:
João do Russo, Diogo Pinho, Fernando Leiras, Helena Duro, Pedro Saraiva, Rita Isabel, Rita Vieira, Isabel Cortes …
Luz:
Manuel Ângelo Mota …
Som:
Roberto Merino
Próxima apresentação do espectáculo a:
16 de Junho
no GRUPO DRAMÁTICO E MUSICAL FLOR DE INFESTA
Rua Padre Costa, 118
4465 S. Mamede de Infesta
Matosinhos
Telef. 229027221 - Fax - 22 9039275
Dia 16
21:45 H
“o grande nevão”
Para qualquer informação adicional sobre o referido espectáculo contactar a Direcção do Curso de Teatro: teatro@esap.pt

31 de maio de 2007

Diário de uma vida/ Diário de várias vidas

Segunda, 4 de Junho
Fitei - Diário de uma vida/Diário de várias vidas
Concepção e encenação Nuno Meireles
A partir da escrita de um diário, Nuno Meireles e os alunos do 1º ano do Curso de Teatro da ESAP, constroem um pequeno espectáculo. Será o meu diário ou o diário de cada um de nós?
Segunda, 4 de Junho, às 23h59
Plano B
Rua Cândido dos Reis nº 30
(aos Clérigos)
geral@planobporto.com

28 de maio de 2007

FITEI

Terça, 29 de Maio 00h00
Fitei - O Grande Nevão
O Grande Nevão
Encenação Roberto Merino
Proposta dos alunos do 1º Ano do Curso Superior de Teatro da Escola Superior Artística do Porto (ESAP), O Grande Nevão apresenta uma série de figuras ansiosas por contar histórias de cantar e de mimar situações, numa espécie de retorno ao paraíso, mas sem regresso nem saída.
.....................................................
Fitei - Diário de uma vida/Diário de várias vidas
Diário de uma Vida/Diário de várias vidasConcepção e encenação Nuno Meireles
A partir da escrita de um diário, Nuno Meireles e os alunos do 1º ano do Curso de Teatro da ESAP, constroem um pequeno espectáculo. Será o meu diário ou o diário de cada um de nós?
Segunda, 4 de Junho, às 23h59
No Plano B : Rua Cândido dos Reis nº 30 (aos Clérigos)

22 de abril de 2007

O GRANDE NEVÃO

Sinopse
Espectáculo juvenil pelos alunos do 1º ano do curso de Teatro da ESAP. “o grande nevão ou variações sobre um único tema”. De pano de fundo um livro, o único e sobrevivente livro que fala de um menino abandonado por causa de um oráculo… a história do pai e da mãe da criança … e há também a necessidade de rir e de lustrar as mãos para esquecer o frio de um grande nevão outonal, invernal ou nuclear…
Encenação: Roberto Merino
Interpretação: João do Russo, Maria Escaleira, Diogo Pinho, Isabel Cortes, Fernando Leiras, Júlio Filipe Cardoso, Helena Duro, Pedro Saraiva, Rita Isabel e Rita Vieira.
Luz: Manuel Ângelo Mota.
Som: Roberto Merino
ESAP 1º do curso de Teatro.
ESPECTÁCULO INSERIDO NO FESTIVAL DE TEATRO PARA A INFÂNCIA E JUVENTUDE - BEIJAMINS II
http://beijamins.blogspot.com

3 de abril de 2007

Círculo da Justiça e poesia

A tuna musical de Santa Marinha encheu-se de dinamismo no passado dia 31 de Março!
Poesia lida pelos alunos do 1º ano de teatro da Esap e interpretação do poema Teatro pelo Prof.Fernando Peixoto;
Peça Círculo da Justiça pelos alunos do 3º ano de teatro da Esap;

25 de março de 2007

Diário de várias vidas / Dia Mundial do Teatro

27 de Março de 2007 21:30h Auditório da ESAP
«A vida é muito estranha
Ora me prendem, ora me cumprimentam; ora sou um primata, ora sou um homem; ora parece que subo, ora parece que desço pela escada da evolução; ora bebo e brindo, ora me sinto um animal enjaulado no meio de outros animais enjaulados; ora dou por mim distraído a pensar nas coisas mais estranhas, ora ando e me movo sem pensar pelos cantos da minha casa que ora é casa, ora é a minha vida.
Este é o meu diário.»
Ficha técnica: CONCEPÇÃO E ENCENAÇÃO DE NUNO MEIRELES CO-CRIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA TURMA DO 1º ANO DO CURSO DE TEATRO ESAP

22 de janeiro de 2007

Festival nacional de teatro de amadores

AGENDA: DIA 27 JANEIRO A LIÇÃO, de Eugène Ionesco Encenador Manuel Ramos Costa Pelo Contacto - Companhia de Teatro Água Corrente de Ovar DIA 3 FEVEREIRO (N)A TUA AUSÊNCIA, de Paulo Ferreira Encenador Luís Mendes Pelo TPN - Teatro Passagem de Nível (Amadora) DIA 10 FEVEREIRO A VIZINHA DO LADO, de André Brun Encenador João Gomes Pelo Grupo Renascer (Esmoriz) DIA 24 FEVEREIRO HUMOR NÃO PAGA IMPOSTO, de Fernando Marques Encenador Francisco Nogueira Pelo Grupo Dramático Beneficente de Rio Tinto (Gondomar) (Revista à Portuguesa) DIA 10 MARÇO ATÉ ÀS CINZAS, de Joaquim Murale Encenador José António Pelo ACGITAR (Gondomar) DIA 17 MARÇO KIKERIKISTE, de Paul Maar Encenador José Teles Pelo Cegada Grupo de Teatro (Alverca) DIA 24 MARÇO Encerramento c/ sessão de entrega de prémios MÉDICO À FORÇA, de Molière Encenador António Clemente Pelo Ultimacto - Grupo de Teatro de Cem Soldos (Tomar) (Extra-concurso)
Rita I.

20 de janeiro de 2007

Otelo no TNSJ

Foto de Estela Silva/Lusa "Otelo", de Shakespeare, com encenação de Nuno Cardoso e uma co-produção do Tnsj com O Cão Danado e Companhia! A tragédia que William Shakespeare escreveu por volta de 1603! «O próprio encenador caracteriza a peça como "uma cisterna profunda, onde se mergulham as emoções e os dramas humanos". Ou como um "ringue frio" em que a luta é a da comunicação e a da distorção, em que à "inteligência de quem conduz" se opõe "a paixão de quem é levado". Porque, na verdade, é de paixão e de traição que trata "Othello", que o público britânico viu pela primeira vez no Whitehall Palace de Londres, corria o ano de 1604.»
Rita I.

7 de janeiro de 2007

A Preparação do Actor

"...Acordei tarde no dia seguinte. Quando cheguei ao teatro já toda a gente estava à espera na sala de ensaios. Fiquei tão embaraçado que, em vez de pedir desculpa, disse unicamente: - "parece-me que cheguei um pouco atrasado". O assistente do director, (...), lançou-me um longo olhar torvo e disse finalmente:
_ Estamos fartos de esperar por si! Estamos todos enervados e sob tensão, e tudo o que encontra para dizer é que lhe parece que chegou um pouco tarde!... Chegámos aqui cheios de entusiasmo, prontos para começar, e agora, por sua causa, ninguém já tem vontade de trabalhar. É difícil fazer despertar a inspiração criadora mas destruí-la é extremamente fácil. O seu próprio trabalho depende unicamente de si, mas não tem o direito de dificultar o trabalho dos seus camaradas. O actor, como o soldado, tem de submeter-se a uma disciplina de ferro.
Apesar das minhas desculpas, (...) decidiu acabar ali a aula. O primeiro ensaio devia ser um acontecimento importante na vida de um actor e guardar-se dele a melhor recordação possível. Naquele dia eu tinha estragado tudo com o meu desleixo: o ensaio foi adiado para o dia seguinte (...)".
in "A Preparação do Actor" de Konstantin Stanislavski
Maria

3 de janeiro de 2007

MURIEL

Às vezes se te lembras procurava-te retinha-te esgotava-te e se te não perdia era só por haver-te já perdido ao encontrar-te Nada no fundo tinha que dizer-te e para ver-te verdadeiramente e na tua visão me comprazer indispensável era evitar ter-te Era tudo tão simples quando te esperava tão disponível como então eu estava Mas hoje há os papéis há as voltas dar há gente à minha volta há a gravata Misturei muitas coisas com a tua imagem Tu és a mesma mas nem imaginas como mudou aquele que te esperava Tu sabes como era se soubesses como é Numa vida tão curta mudei tanto que é com certo espanto que no espelho da manhã distraído diviso a cara que me resta depois de tudo quanto o tempo me levou Eu tinha uma cidade tinha o nome de madrid havia as ruas as pessoas o acomodato os bares os cinemas os museus um dia vi-te e desde então madrid se porventura tem ainda para mim sentido é ser solidão que te rodeia a ti Mas o preço que pago por te ter é ter-te apenas quanto poder ver-te e ao ver-te saber que vou deixar de ver-te Sou muito pobre tenho só por mim no meio destas ruas e do pão e dos jornais este sol de Janeiro e alguns amigos mais Mesmo agora te vejo e mesmo ao ver-te não te vejo pois sei que dentro em pouco deixarei de ver-te Eu aprendi a ver a minha infância vim a saber mais tarde a importância desse verbo para os gregos e penso que se bach hoje nascesse em vez de ter composto aquele prelúdio e fuga em ré maior que esta mesma tarde num concerto ouvi teria concebido aqueles sweet hunters que esta noite vi no cinema rosales Vejo-te agora vi-te ontem e anteontem E penso que se nunca a bem dizer te vejo se fosse além de ver-te sem remédio te perdia Mas eu dizia que te via aqui e acolá e quando te não via dependia do momento marcado para ver-te Eu chegava primeiro e tinha de esperar-te e antes de chegares já lá estavas naquele preciso sítio combinado onde sempre chegavas sempre tarde ainda que antes mesmo de chegares lá estivesses se ausente mais presente pela expectativa por isso mais te via do que ao ter-te à minha frente Mas sabia e sei que um dia não virás que até duvidarei se tu estiveste onde estiveste ou até se exististe ou se eu mesmo existi pois na dúvida tenho a única certeza Terá mesmo existido o sítio onde estivemos? Aquela hora certa aquele lugar? À força de o pensar penso que não Na melhor das hipóteses estou longe qualquer de nós terá talvez morrido No fundo quem nos visse àquela hora à saída do metro de serrano sensivelmente em frente daquele bar poderia pensar que éramos reais pontos materiais de referência como as árvores ou os candeeiros Talvez pensasse que naqueles encontro sem que talvez no fundo procurássemos o encontro profundo com nós mesmos haveria entre nós um verdadeiro encontro como o que apenas temos nos encontros que vemos entre os outros onde só afinal somos felizes Isso era por exemplo o que me acontecia quando há anos nas manhãs de roma entre os pinheiros ainda indecisos do meu perdido parque de villa borghese eu via essa mulher e esse homem que naqueles encontros pontuais Decerto não seriam tão felizes como neles eu pois a felicidade para nós possível é sempre a que sonhamos que há nos outros Até que certo dia não sei bem Ou não passei por lá ou eles não foram nunca mais foram nunca mais passei por lá Passamos como tudo sem remédio passa e um dia decerto mesmo duvidamos dia não tão distante como nós pensamos se estivemos ali se madrid existiu Se portanto chegares tu primeiro porventura alguma vez daqui a alguns anosjunto de califórnia vinte e um que não te admires se olhares e me não vires Estarei longe talvez tenha envelhecido Terei até talvez mesmo morrido Não te deixes ficar sequer à minha espera não telefones não marques o número ele terá mudado a casa será outra Nada penses ou faças vai-te embora tu serás nessa altura jovem como agora tu serás sempre a mesma fresca jovem pura que alaga de luz todos os olhos que exibe o sossego dos antigos templos e que resiste ao tempo como a pedra que vê passar os dias um por um que contempla a sucessão de escuridão e luz e assiste ao assalto pelo sol daquele poder que pertencia à lua que transfigura em luxo o próprio lixo que tão de leve vive que nem dão por ela as parcas implacáveis para os outros que embora tudo mude nunca muda ou se mudar que se não lembre de morrer ou que enfim morra mas que não me desiluda Dizia que ao chegar se olhares e não me vires nada penses ou faças vai-te embora eu não te faço falta e não tem sentido esperares por quem talvez tenha morrido ou nem sequer talvez tenha existido. Ruy Belo ... na minha opinião, um dos poemas mais bonitos... «Poemas de Ruy Belo apresentação e selecção de Luís Miguel Cintra» Assírio & Alvim Colecção de Sons da Assírio & Alvim
Rita I.